4/29/2005

Se prepare para o segundo semestre

Pelo jeito a partir de agosto o segredo é ter grana para vijar muito ou passar logo uns meses por São Paulo e Rio de Janeiro. Veja bem. Em agosto, durante uma semana (8 a 13), acontece o Campari Rock, evento organizado pelos jornalistas André Barcinski e Lúcio Ribeiro que deve ser uma versão brazuca do CMJ. Para quem não sabe este evento rola em Nova Iorque em vários bares e espaços de shows da cidade com uma profusão de bandas alternativas, além de discussões. O Campari será em São Paulo e a promessa é que duas bandas internacionais de qualidade apareçam. Surgiram boatos sobre o Dinosaur Jr, que parecem ser infudados. Entre as presenças certas estão: Alan McGee, o dono da Creation (que irá fazer uma palestra) e a dupla de djs Fixmer & McCarthy, da Escócia.
Bandas interessadas em participar mandem seu material para
rua Piauí, 615, ap. 31, São Paulo, SP, CEP 01241-001

Um mês depois nos dias 2 e 3 de setembro acontece o Curitiba Pop Festival. A edição 2005 do festival já começa a se consolidar. Se ainda não tem atrações confirmadas, a produção promete manter o nível de bandas internacionais (Breeders em 2003, Teenage Fanclub e Pixies em 2004). As especulações continuam, com cada vez maior peso para Weezer e Flaming Lips. O que já valeria uma viagem ao sul do país. Correm por fora parece que Iggy Pop, The Cure e Morrissey.

Em setembro acontece também o Festival Claro que é Rock. Dias 15 e 16 no Rio de Janeiro e 16 e 17 em Sampa. O festival vai receber as oito bandas escolhidas das seletivas que rodaram o país. Star 61 (PB), Roneo Jorge & Os Ladrões de Bicicleta (BA), Cartolas (RS), Spiegel (SC), 10Zero4 (DF), Volpina (Campinas - SP), Imperdíveis (SP) e Maptop (RJ). Ainda não se sabe quais serão as prometidas atrações internacionais de peso. Entre as cotadas estão Green Day, Audioslave, Oasis, Strokes, Radiohead e Weezer.

Mas não é só a Claro que promete estas bandas, outra telefônica também vem prometendo nomes grandiosos para seu festival. Ainda não há muita notícia sobre o Tim Festival, mas se tem um evento que vem garantindo nomes de peso e atuais no Brasil, é este. O que soube é que Radiohead ou Strokes vem ao Brasil este ano, só não se sabe em qual desses festivais.

Ah! e ainda vai ter White Stripes em junho (dia 1 em Manaus, 3 no Rio e 4 em Sampa), Rolling Stones em janeiro, Oasis prometendo que vem, sem falar de festivais fora do eixo Sul-sudeste.

Em Recife, o Festival Coquetel Molotov, que ano passado levou Teenage Fanclub para a capital perambucana já confirmou a boa banda sueca Dungen e pode trazer ao Brasil alguma banda internacional de peso maior. É aguardar.

Na capital federal, o Brasilia Music Festival, que ano passado foi dedicado a eletrônica, deve acontecer mais uma vez esse ano trazendo bandas internacionais. Tomara que melhores que as de 2003, quando o festival trouxe Simply Red, Pretenders e Alanis Morrisste.

4/27/2005

Minhas impressões sobre o Abril Pro Rock 2005 estão na coluna nova Lado Norte, no site da MTV. Veja aqui

4/20/2005

Se prepara para ir a Natal
Mada 2005:

Headliners:
Barão Vermelho, Planet Hemp (com Marcelo D2, Black Alien e
B Negão), Fiction Plane (banda inglesa que tem como vocalista Joe
Summer, filho de Sting), Paralamas do Sucesso, Plebe Rude, além de mais
um nome a ser confirmado.

Independentes:
Jane Fonda (RN), Nervoso (RJ), Folcore (RN), Adriano
Azambuja (RN), Astronautas (PE), Seu Zé (RN), Ronei Jorge e Os Ladrões
de Bicicleta (BA), Luxúria (RJ), Kohbaia (CE), Du Souto (RN), Alphorria
(RN), Rádio de Outono (PE), Som da Rua (RJ), Os Bonnies (RN), Brinde
(BA), Columbia (RJ), Karpus (RN), The Playboys (PE), Zacarias Nepomuceno (PB) e Experiência Ápyus (RN).

4/11/2005

Saiu a lista de bandas do festival "Claro que é Música" e que abrem o show do Placebo:

Recife
Bugs
Suzana Flag
Star 61
Zefirina Bomba
Rádio de Outono

Excelente seleção. Indie bem feito da Bugs deve abrir as portas da excelente cena rocker de Natal. O pop indie do paraenses da Suzana Flag pode surpreender. O Star 61 cresceu muito depois do Mada do ano passado e deve em 2005 aparecer entre as principais revelações. Grande banda, com um glam indie pop muito bem feito e um show sensacional. Zefirina Bomba está sendo produzido pelo Carlos Eduardo Miranda, conheço muito pouco, mas tenho ótimas referências. Rádio de Outono é banda pronta para estourar. Pop até a medula, mas bem feito, simpático e criativo. Não tem nem guitarra, é teclados e músicas para sair cantando.

Salvador
Los Canos
Ronei Jorge
Canto dos Malditos na Terra do Nunca
Brinde
Theatro de Séraphin

Surpresa com as atrações do Claro que é Rock? Para quem está por dentro do que acontece em Salvador, foi uma seleção justíssima. O melhor é pensar que outras 10 bandas poderiam estar ali que representaria muito bem o rock baiano. A grande surpresa foi a Canto dos Malditos na Terra do Nunca, banda mais nova do que as outras, mas que vem sendo sensação em alguns meios e qu etem um disco MUITO bom. Rafael Ramos, o chefe da Deck Disk, só não contratou a banda por falta de verba. No estúdio de Pitty é o som mais ouvido. Próxima sensação local?
Engraçado é o povo reclamando de cartas marcadas, de máfia. Vá-te (como diz uma amiga minha). Estão ai algumas das bandas que mais trabalham no rock baiano e que tem os melhores trabalhos. Claro, poderiam ser outras que também representariam muito bem. Mas foi muito bem selecionado. E a produção já havai dito sobre aquela cláusula de Cd lançado, de ter selo...

Porto Alegre
Superguidis
Os The Darma Lóvers
Stratopumas
Superphones
Cartolas

A "nova" cena portoalegrense tem rendido boas bandas indies, como essas "super" da lista. Os The Darma Lóvers são experientes e muito bons. O resto não conheço.

Florianópolis
Terminal Guadalupe
Liss
Pipodélica
Spiegel
Los Diaños

Outra cena que tem crescido. Pipodélic aé a mais conhecida das bandas, com um bom rock psicodélico. Terminal Guadalupe conheço mais de nome e por estarem lançando um CD de 5 reais. Los Diaños é interessante e pode ser a banda escolhida nessa seletiva.

Brasília
Bois do Gerião
Sapatos Bicolores
10ZER04
Superquadra
Violins

Acho que Brasília meio que prou no tempo do rock, enquanto Goiânia ganhou o título de capital do rock do cerrado. Dessa sbandas já vi shows de três delas: Bois do Gerião, Sapatos Bicolores e Violins (as dua sprimeiras da capital federal e a última de Goiânia). Todas elas tem bons shows. A Boide Gerião é divertida, quando vi tinha um som meio grunge. Sapatos Bicolores é rock saudosista feito por carinhas novos com muita competência. Enquanto a Violins é indie até o osso.

Campinas
Volpina
Super Drive
Smiley
The Violentures
Drive V

Só conheço a Superdrive que lançou EP pelo Musicland de João Pessoa. É uma das bandas do pessoal que tocava na Astromato. Bom som.

São Paulo
Biônica
Choldra
Imperdiveis
Fuga
Pullovers e Geanine Marques

Não conheço praticamente nada. Só ouvi Pullovers que é bacaninha.

Rio de Janeiro
Polar
Carbona
Mop Top
Blie Operario
Valvulla

Também maioria de bandas desconhecidas. Tirando a Carbona que tem uns anos de estrada.

4/02/2005

Vazou

Já deixou de ser novidade um disco vazar na Internet antes de seu lançamento. Agora mesmo você pode baixar em qualquer programa de troca de arquivos alguns discos que nem foram lançados ou que mal foram lançados:


Teenage Fanclub - Man-Made
A banda escocesa volta depois de três anos com um álbum em estúdio e as belas canções que tornou a banda uma das mais interessantes nos anos 90. O disco talvez seja o melhor desde Grand Prix (95). São 12 canções com o trio Gerard Love, Norman Blake e Raymond McGinley mostrando ainda estarem em forma para compor e cantar aquelas melodias doces, com uma carga pop precisa e apaixonante. Estão lá também os solos de guitarra, as batidas simples e deliciosas de bateria, o clima sessentista, mas também pianos, violinos, teclados. É o mesmo Teenage Fanclub de sempre, de um lado repetitivo para quem não curte, de outro sem novidade, mas acertando em canções para sair cantando por ai.
Data de lançamento: 9 de maio


House of Love - Days Run Away
Em plenos anos 80, em meio a uma enorme gama de bandas que reverenciavam Velvet Underground e caprichavam no noise de guitarras e em criar lindas melodias, o House of Love chamou atenção com a ruidosa música "Christine" e pelo belo álbum de estréia, marcante para muitos na época e que chegou ao primeiro posto em paradas independentes na Europa na época. A banda lançou três outros discos depois e encerrou as atividades em 1994. A boa notícia é que a banda está de volta e com um grande disco. "Days Run Away" é uma bela continuidade do que interromperam, com o vocalista e guitarrista Guy Chadwick mostrando ser um dos bons nomes na arte de criar belas melodias e cantar magistralmente. No novo trabalho, Guy mostra continuar em forma, conduzindo a banda numa viagem por belas canções, as lindas guitarras de Terry Bickers e um clima guitar band dos anos 80 sem soar nem um pouco saudosista. Impossível destacar essa ou aquela canção. Grande volta. Grande disco.


The Raveonettes - Pretty in Black
Taxados como cópia do Jesus and Mary Chain quando surgiu, a dupla dinamarquesa(!) lança seu terceiro disco e prova ser um dos bons nomes do cenário atual. Mais adepta de canções e menos de sujeira e tosqueira, o grupo deixa de lado neste trabalho o noise de guitarras e faz um trabalho com foco nos anos 60 e na criação de belas canções. De cara na primeira faixa, "The Heavens", já dá pista desse caminho, comprovado durante todo o álbum. A faixa seguinte, "Seductress of Bums" é uma lindíssima e sedutora junção de diferentes sons sessentistas. A música remete aos vocais delicados de cantores da época, como Donovan ou Nick Drake, ao mesmo tempo em que passeia pelos sons de guitarras e batidas de grupos psicodélicos, com vocais femininos servindo como a cereja no bolo. Em "Ode to L.A." a banda incorpora os anos 60 dos chamados girl groups, aqueles grupos vocais típicos da época, a la The Ronettes.
O disco é carregado deste clima: canções doces, vocais delicados e suaves.
"Uncertain Times", "Here Comes Mary", "Red Tan", "Somewhere in Texas" traz algumas das mais bonitas melodias, com os vocais sensíveis de Sune Rose Wagner, também responsável pela excelente presença das guitarras. A outra parte fundamental da banda é Sharin Foo, baixista e também responsável pelos vocais femininos. Em "My Boyfriend´s Back", acompanhada de uma batidinha eletrônica permanece com um pé nas canções dos anos 60, meio despretensiosa e perfeita para balançar em festinhas com meninas vestidas com vestidos cor de rosa.
Até a atmosfera de programa de auditório dos anos 60 aparece em alguns momentos, como em "Here comes mary". "Twilight" é talvez o momento mais fraco do disco. A tentativa de colocar guitarras a la B-52´s e o clima festinha até que não compromete a primeira parte da música, mas quando entram batidas eletrônicas a música perde a força e termina não funcionando muito bem. Mas não compromete. O trabalho de
violões, belos timbres de guitarra, um primoroso uso de vocais e poucas distorções fazem do disco desde já uum dos destaque do ano. Muito bom.
Data de lançamento: 3 de maio

Em breve mais lançamentos