6/30/2005

Mercado Cultural - 2005
Todo mundo pergunta sobr eo Mercado Cultural. O melhor evento realizado em Salvador volta o final do ano, vejam quem se apresenta na parte de música.

A Outra Cidade - Minas Gerais
Adalberto Alvares - Cuba
Afonjah – Rio de Janeiro
Afoxé Alafin Oyo - Pernambuco
Ale Muller - Suécia
Alessandro Kramer – Rio Grande do Sul
Álvaro Lemos & Os Romeus - Bahia
Antonio de Pádua - Natal
Associação Cultural Zabelê - Pernambuco
Bataclã FC - Rio Grande do Sul
Beto Villares – São Paulo
Cacimba - Bahia
Curupira - Colômbia
Faces do Subúrbio - Pernambuco
Fato - Paraná
Fernanda Cunha – Rio de Janeiro
Giovanotti - Itália
Guafa Trio - Colômbia
Ivor Lancellotti – Rio de Janeiro
Juan Falú & Marcelo Moguilevsky - Argentina
Kiko Klaus e Carlos Jaramillo - Minas Gerais
Kléber Albuquerque - São Paulo
Lado 2 Estéreo – Piauí
Ladston do Nascimento - Minas Gerais
Los de Abajo - México
Lucia Pullido - Colômbia
Maciel Salú - Pernambuco
Malocage - Paraíba
Marina Machado – Minas Gerais
Mauro Rodrigues e Cliff Korman - Minas Gerais
Naná Vasconcelos - Pernambuco
naurÊa - Sergipe
NUC (Negros da Unidade Consciente) – Minas Gerais
Orquestra Família Itiberê – Rio de Janeiro
Pedro Morais - Minas Gerais
Projeto Social Trem Tan-Tan – Minas Gerais
Puente Celeste - Argentina
Quadros Modernos - Chiquito Braga, Toninho Horta e Juarez Moreira – Minas Gerais
Quinteto Puerto Candelaria - Colômbia
Rita Ribeiro - Maranhão
São Luis do Paraitinga - São Paulo
Side Stepper - Colômbia
Silvia Iriondo - Argentina
Solista Qué Base - Bahia
Three Angels - Canadá
Trio Manari - Pará
Vitor Ramil - Rio Grande do Sul
Vó Maria – Rio de Janeiro
Wimme – Finlândia
Zabé da Loca – Paraíba

6/13/2005

O Nordeste vai pegar fogo... ATUALIZADO
No segundo semestre, além dos festivais no sul-sudeste do país com diversas bandas gringas, o Nordeste promove festivais com alguns dos principais nomes do rock independete, alternativo, ou como vocês queiram denominar.



DO SOL Natal - 6 e 7 de agosto
* Dia 6
Palco I e I: Gram (SP), Mombojó (PE), Experiência Ápyus (RN), Officina (RN), Polar (RJ), Os Bonnies (RN), Fossil (CE), Snooze (SE), Retrofoguetes (BA), Edu Gomes (RN), Peixe Coco (RN), Uskaravelho (RN) e Volver (PE).
Palco III: A Válvula (RN), Calistoga (RN) e Revolver (RN)
* Dia 7 -
Projeto 50 (PB), Zero8Quatro (RN), Vamoz (PE), Switch Stance (CE), Sugar Kane (PR), Mukeka di Rato (ES), Jane Fonda (RN), Allface (RN) e Matanza (RJ).
Palco III: Calibre (RN), Arquivo (RN) e Karpus (RN)

COQUETEL MOLOTOV Recife - 12 e 13 de agosto
12 / 08 / 2005
- Sala Cine UFPE (a partir das 17h)
Monodecks
3 ETs Records
Profiterolis
- Teatro da UFPE (a partir das 20h)
Rádio de Outono (PE)
Mombojó (PE)
Hurtmold (SP)
Dungen (Suécia)

13 / 08 / 2005
Sala Cine UFPE (a partir das 17h)
Embuás
M.Takara
Re:Combo
- Teatro da UFPE (a partir das 20h)
Mellotrons (PE)
Lulina (SP/PE)
Berg Sans Nipple (França)
The Kills (EUA/Inglaterra)

ROCK-SE Aracaju - outubro
Cachorro Grande (RS), Devotos (PE), Rumbora (DF), Astronautas (PE), Detetives (SP), Lacertae (SE), Snooze (SE), Plástico Lunar (SE), Trindade (SE), Dr. Charada (AL), Soma (BA)

6/10/2005

Discos
Um braço do el Cabong só para comentar discos. Nacionais e internacionais, bons e ruins, de rock, música eletronica, nordestina, MPB... Vou tentar colocar um por semana. Já inclui vários comentados há algum tempo.
Visitem

6/01/2005

Conquista é Rock!

Cidade fria. Pouco mais de 250 mil habitantes. Sem praia. Distante 509 quilômetros da capital. Um cinema e poucas outras opções culturais. Nada melhor que o rock para preencher a cabeça dos jovens de Vitória da Conquista e ocupar as tardes e noites de tédio. É nesse clima que a cidade realizou no último fim de semana, pelo segundo ano, o Conquista Rock Festival, um festival reunindo bandas locais e de Salvador. A banda de fora do estado, a goiana MQN, acabou desfalcando o evento na última hora.

Segundo um dos produtores do evento, Gilmar Dantas, o evento foi satisfatório, ajudando a colocar Conquista no circuito brasileiro de bandas independentes. Pouco? Não para uma cidade sem grande tradição rocker, mas que começa a produzir uma boa variedade de bandas e já é sede do atual maior festival de rock do estado. Sim. Apesar da dimensão pequena, o CRF é o maior do estilo no estado. “Nosso objetivo é fortalecer a cena, promover o intercâmbio e mostrar as bandas daqui, projetando elas e possibilitando que possam tocar fora da cidade”, diz Gilmar. Os frutos não devem tardar.

Embaixo de uma noite de 15 graus, o público na primeira noite de festival impressionava pela pouca idade. Numa média de 16/ 18 anos, pouco mais de 300 pessoas reservava sua noite de sábado para assistir seis bandas na primeira noite. A neblina noturna não era a única semelhança com Londres. Ecos do bom rock inglês apareciam na abertura do festival, com a banda local Ardefeto fazendo um som inspirado no Brit Pop, mas com um pé no indie-rock dos anos 80 e no pós-punk. Um som meio melancólico, com um baixo forte e melódico, uma muralha ruidosa de guitarra, letras existencialistas e um vocal meio épico. Com boas composições e arranjos, a banda causou boa impressão apesar de mostrar ainda estar um pouco verde.

Essa parece ser, aliás, a tônica do rock em Conquista. O festival ainda tem o que melhorar, mas tem um enorme potencial, assim como a cena local e as bandas. É o caso também da Flauer, banda de Salvador formada quase só por meninas. Com um pop-punk cantando em inglês e português, o grupo se mostrou um pouco tímido no palco, mas ainda assim apresentaram bem seu misto de guitarras sujas e vocais doces. Na seqüência, o melhor show da noite. Também de Salvador, a Los Canos prova a cada show ter atingido o equilíbrio necessário entre diversão e competência. Rock, punk, bom humor e total despretensão que rendem algumas das melhores pérolas que o rock brasileiro tem notícia. Enquanto metade do público cantava as músicas, a outra metade se largava nas rodas de pogo e a banda se divertia. Na segunda ida da banda ao festival, um desfile de quase hits que agradou em cheio ao público adolescente conquistense.

A banda punk Cama de Jornal já entrou no palco soltando um provocativo “agora vocês vão ter punk de verdade”. E soltaram o braço, com um punk cru, direto, tosco e ácido. Eles podem até seguir os clichês do gênero, tanto no som podreira quanto nas letras politizadas, mas fazem com competência. Sobra para todo mundo, playboys, ACM e políticos em geral. Nas rodas de pogo surgiram até moicanos. Outra banda local, a D´P, mostrou um som também bem feito, mas ainda sem muita personalidade. Talvez as diversas influências dos integrantes ainda não resultem num som próprio e a banda, uma das mais ativas do cenário conquistense, pareça ainda meio perdida. Passeando por referências diversas, indo do rock tradicional ao nu-metal.

Para encerrar a noite, a The Honkers pagou o débito de dois shows desmarcados na cidade. Mesmo que o público já fosse bem pequeno e estivesse cansado, a banda mais uma vez provou porque tem um show considerado por muitos como o melhor do país no meio rock. Não se importaram se tinham uma ou dez pessoas dançando e o resto assistindo, estavam ali para tocar e quando tocam é diversão garantida, ou pegue seu dinheiro de volta. Mais um show marcante, rock dos bons, no talo, banda insana e o vocalista Rodrigo Sputter mais uma vez mostrando do que o rock é capaz. Subiu, desceu, botou máscara, colocou o microfone na boca, nas partes íntimas e mostrou um modelito novo, uma sunga vermelha com um elefantinho e sua tromba na parte da frente, daquelas fáceis de achar em sex shops. Horrorizados, os seguranças quase tiram ele do palco, enquanto uns roqueiros mais tradicionais xingavam o rapaz.. Um final quase apoteótico.

Noite do Metal

Abrindo a segunda noite do festival uma banda com uma formação inusitada. Além de baixo, bateria e guitarra, a Pectus Maculosus reunia um violino, teclado e um coro de oito vozes. Foi difícil o pequeno palco comportar todo mundo. Vindo de Salvador, a Vinil 69 era o Carlinhos Brown na noite de Metal do Rock in Rio, se o público conquistense não soubesse se comportar. Quem não estava a fim deu as costas e só os mais interessados curtiram o rock clássico da banda, com direito a covers bacanas de Mutantes, Who e Kinks. “É ótimo tocar num festival desses. A gente está meio de saco cheio de tocar em Salvador para as mesmas pessoas e o interior é o mais próximo. O CRF é uma excelente oportunidade”, disse o vocalista da Vinil 69, Pardal.

Mas era noite mesmo do metal e os “camisa preta” infestaram o lugar. Se não bastassem as blusas negras com estampas de bandas, haviam ainda rostos maquiados no estilo gótico, máscaras de monstros e um desfile de longas cabeleiras. Era noite de bater cabeça. Os cerca de 400 pagantes puderam ver ainda muito metal local, como o gothic metal da Sorrow's Embrace, que chamava atenção pela bela voz soprano da vocalista, além do metal gutural da Mictian e a Void Main. A Veuliah, de Salvador, mostrou o que 10 anos de palco é capaz. Lançando seu primeiro disco, apresentaram extrema competência em tocar o terror. Fizeram um excelente show, jorrando Dark Metal nos ouvidos do insano público conquistense. O inferno.

O próximo Conquista Rock Festival já está marcado para março e a promessa dos produtores é ampliar o evento e fazer um festival bem maior. Enquanto eles prometem manter o cenário roqueiro local aceso, com shows mensais (Cachorro Grande e Automata já estão agendados) . É assim que se constrói uma cena.