3/30/2004

Política não é votar e falar mal do governo
Não há nada de fácil em governar o Brasil. Todo mundo sabia disso. O PT, Lula e quem votou neles sabia disso. Em 2002, o país estava em frangalhos, a beira do precipício, a previsão para 2003 era da mais profunda crise e a situação deixada pelo governo anterior era desesperadora. Com a entrada de um partido de esquerda, temido por muitos, inclusive pelo mercado internacional, a previsão era que tudo fosse piorar. 2003 passou, o Brasil aparentemente não melhorou (se formos seguir o que fala a imprensa e os tais especialistas pior ainda), a política econômica é a mesma da era FHC. Mas será mesmo?
Vamos entrar num campo pouco falado por aqui, mas que esses tempos estão deixando os mais atentos bem alertas. É como se um papo de golpe passasse insconsciente pela cabeçaa de muitos, na de outros nem tão insconsciente assim. E não há nada de muito distante da realidade nisso, infelizmente.
Não dá para negar que o Governo Federal está muito aquém do que se vislumbrava, mas isso depende do ponto de vista de quem diz isso, claro e de como essa pessoa vê a situação.
Se íamos enfrentar um colapso em 2003, não foi o que aconteceu e a economia se sustentou. Melhor, vários de seus índices mostraram evolução.
Há mesmo continuísmo?
Concordo que não há um rompimento drástico, mas estamos na mesma política? E um rompimento seria o melhor para o país na atual situação? Quem mais esperava por isso? Os radicais de esquerda a favor, torcendo por uma ação radical e os de direita, torcendo por isso para poderem cair em cima e quem sabe mudar o quadro político na marra. Seria um prato cheio.
Na verdade era esperado um governo autoritário, em que o Presidente governasse por decreto, assim como está acostumado a fazer na América Latina. Os tempos são outros.
Mas vamos a alguns dados, que claro não são a verdade suprema, mas mostram alguma coisa.
Durante o governo FC a taxa de juros selic atingiu 45%, o último aumento daquele governo aumentou a taxa de 22 para 25%.
Ou seja, o Governo Lula pegou a taxa em 25%. Em 14 meses a taxa baixou para 16,25%.
Enquanto um tinha uma politica de aumentar os juros, Lula vem diminuindo, longe do ideal, debaixo de pressões, mas o fato é que vem demonstrando que a idéia é mesmo abaixar ainda mais. O argumento de ser precavido não é falso, vide que o país ainda não tem a força econômica necessária.
A redução nestes meses de Governo Lula já mostra os aspectos positivos na economia brasileira.
O Risco Brasil era outro índice que colocava o país em situação de temor.
O risco chegou a atingir 2.390 pontos-base, em 2002, hoje gira em torno de 500 pontos-base, em janeiro chegou a 397, o menor desde 1997, quando era de 347.
E o dólar que aumentou só com a idéia de Lula se tornar presidente? No govero FHC chegou a beirar os R$4, hoje varia em torno de R$2,90, beneficiando inclusive as exportações.
Vocês lembram de outro momento em que o governo federal sinalizou que iria romper com o FMI?
Pois o atual governo está anunciando que não vai renovar o acordo como Fundo Monetário Internacinal, coisa que todo mundo hoje comemora, até quemnão fez nenhum esforço para isso antes. Não de forma drástica, mas sem estardalhaço e com os pés no chão. O atual acordo, que permite ao Brasil um saque de US$14 bilhões e que serviu apenas como uma garantia, se encerra em dezembro e não deve ser renovado.
É a mesma coisa?
Tudo bem (bem não) que o desemprego ainda está em alta, que o custo de vida só cresce, que a economia não mostre grandes avanços práticos, mas são consequências do que vinha acontecendo há anos (Olha que nementrei no sdados das dívidas públicas). Alguém estava mesmos esperando uma mudançaa rápida? Impossível, a mudança de governo (mudança real e não só de pessoas) é só uma parte de um processo.
Mas vão deixar isso se concretizar?
Com a revelação de novas fitas sobre o caso Waldomiro (comecei a escrever esses comentários antes disso), o Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, declarou que havia um clima de cospiração contra o governo.
Nada difícil de se imaginar, já que o Governo Lula pode colher frutos nas eleições municipais desse ano e pode estar mexendo em casa de marimbondo, gente que não está acostumada a perder o poder.
Aí deve ter quem ache esse papo conspiratório demais.
Paulo Henrique Amorim comenta, num excelente texto, como seria fácil dar um golpe de estado no Brasil.
E não custa lembrar que os americanos fincanciaram, bancaram, promoveram e sustentaram golpes nos anos 60/ 70, no Brasil, Chile, Paraguai e por ai vai. O Governo Americano revelou ontem alguns documentos provando isso mais uma vez. Leia a respeito aqui. Não custa lembrar também que na Venezuela em 2002 os americanos também estimularam o golpe fracassado para tirar Hugo Chavez do poder. Você pode ler mais sobre isso aqui.
Para onde estamos indo? Quem sabe?

3/29/2004

Melhores músicas
É foda definir qual a melhor ou as melhores músicas de todos os tempos, tem umas que para mim entrariam fácil, como "God Only Knows", do Beach Boys, ou "A Day in the Life", dos Beatles, mas uma com certeza está entre as melhores coisas que o homem já fez: "Marquee Moon", do Television.

3/26/2004

Bananada 2004
Lemonheads, Wander Wildner, Los Hermanos, MQN, Violins, Valentina, Mechanics, Grenade, Brinde, Canastra, Nervoso, Tom Bloch, Ambervisions, Barfly, Monstro do Ula-Ula, Krapulas, Pelebróinãosei, Cherry bomb, The Books, Gramofocas e mais 22 nomes. Esse é o Bananada 2004, o maior festival de rock do país. Rock, porque tem só rock.
Dia 21, 22 e 23 de maio, claro, em Goiânia.

3/24/2004

Difícil algo superar a expectativa do show do Pixies no Brasi agora em maio. Não deve ter ninguém que goste de rock bom nessa terra que não saiba desse show. Pois o pior é que só três mil pessoas vão poder assistir ao show no dia 8, dentro do Curitiba Pop Festival. Quem não comprou sobrou.
Não é bem assim, no entanto. As últimas notícias é que pode haver um show extra no domingo, dia 9, lá mesmo em Curitiba. Não há nada oficial ainda, mas é o que osprodutores têm tentado depois dos problemas com a venda dos ingressos. A negociação está sendo feita ocm os agentes da banda, que só teria outros shows na segunda quinzena demaio. A angústia deve permenecer até a próxima semana, quando deve ser anunciado ou não um outro show. Rezem.

Depois de São Paulo fiz questão de ir passar o fim de semana no Rio. Perdi o show de Otto, lançamento do CD novo no Canecão. Tudo bem, deu pra ir no sábado na melhor festa que acontece no Brasil, pelo menos não tenho conhecimento de outra. é a Loud que rola mensalmente no Cine Íris, um cinema antigo que hoje exibe filmes pornográficos. Cinemão das antigas mesmo, com cadeiras de madeira, escadas de ferro, palco na sala de exibição (aqui em Salvador alguns cinemas já tiveram isso) e vários ambientes. Impressionante como cabe perfeitamente para a festa. A idéia é reunir Djs de vertentes diferentes e sempre uma ou duas atrações no palco principal. No dia que eu fui era comemoração de 5 anos da festa. No palco principal Marcelinho da Lua lançava seu CD, que ainda não ouvi, mas vem sendo bastante elogiado pela crítica.O somnão tava 100%, mas o suficiente para confirmar a qualidade da mistura de beats eletrônicos, música brasileira, um poucode sons caribenhos ali, rap acolá... Bem bacana, promete dispontar como uma das boas coisas do ano. O bom da festa são mesmo as pistas. Sobe e desde de muita gente (um capítulo a parte, gente bonita, não no sentido que costumam dar, mas gente bonita, alto astral, de tudo quanto é jeito e estilo e querendo se divertir - cerca de mil pessoas) para dançar drum n´ bass em uma, rock mais alternativo em outra e coisas mais pop na principal. Aí um baiano que adora esse tipode coisa se esbalda. Strokes, Pixies pracaralho, Jesus & Mary Chain, Placebo, Smiths, White Stripes, um pouco de funk (o original) e até uma passada pelo miami bass pra flertar como funk carioca. Em outra pista, no terraço, com um céu lindo, Stereolab, Teenage Fanclub, mais Jesus... Muito bom, se pudesse ia todo mês pra festa.

3/23/2004

Estive por alguns em São Paulo. Eu não sou grande fã da cidade, admito que é um excelente lugar para compras e que sempre tem o que ver. Como eu fui a trabalho, acabou qu enão tive tanto tempo quanto gostaria. Fui na tão falada Fun House, que achei bacana, mas nada demais. Uns djs botando sons bacanas e uma decepção. A banda Os Abimonistas eu conhecia da revista Zero, super elogiada, eu esperava algo bemelgal, tremenda frustração. A banda é bem normal, bons músicos e tal, mas é mai sum daqueles hypes que os indies de São Paulo adoram. Outro show que vi foi do Posse Mente Zulu, o grupo de Rappin Hood. Na verdade era a gravação de umprograma de TV, Guerrilha, e eles fizeram uma apresentação. Também não me agradou muito. Não sei, não convenceu, ahco que a atmosfera de São Paulo não me faz bem mesmo. Perdi Jards Macalé, um dos shows que queria ver muito hoje em dia, mas ele ficou doente e não teve show, não sei quando terei outra chance. Mas o bom mesmo foi ter comprado uns 20 Cds. De tudo: Novos Baianos (Praga de Baiano), Nelson Cavaquinho, Luis Wagner e o próprio Jards Macalé (Thats Play That), passando por Bojo + Maria Alcina,o primeiro do Bidê ou Balde, indo até Apples in Stereo, dois de Beck, Television, Jon Spencer Blues Explosion, High Llamas, Yo La Tengo, e por aí vai. O melhor, o mais caro foi um duplo por 20 reais. AH! Satisfação e problemas na conta.

3/22/2004

Sempre me perguntam de minhas preferências pelas bandas baianas, não sei se consigo fazer um Top 5, mas vou tentar:

- Retrofoguetes
- Ronei Jorge & Os Ladrões de Bicicleta
- Honkers
- Nancyta & Os Grazzers
- Los Canos
- Soma

Sem ordem de preferência

Ainda bem que isso aqui é blog e dá tempo de consertar, tinha faltado um nome ai em cima que algumas pessoas repararam.

3/19/2004

Desculpem os que lêem o blog. Passado o Carnaval surgiu uma viagem de uns 15 dias, o que tornou a atualização impossível. Fiquei na dúvida agora se vale continuar colocando o Carnaval em Recife/ Olinda ou escrever sobre outras coisas. O que vocês acham?

3/04/2004

Abril Pro Rock 2004
Pequena interrupção nos relatos do Carnaval (que já estão bem atrasados, mas tá difícil colocar tudo em dia). Saiu a programação do Abril Pro Rock, que olhando por alto tá fraca, mas o que promete mesmo são as bandas mais desconhecidas. Boa parte do que antecipamos se confirmou. Confira:
16 de abril:
Marcelo D2 (RJ)/ Vive La Fete (Bélgica)/ Dj Dolores: Aparelhagem (PE)/ Karine Alexandrino (CE)/ CYZ (Cinthya Zamorano) (PE)/ MM Dub (PE);
17 de abril:
Ratos de Porão (SP)/ Krisiun (RS)/ Destruction (Alemanha)/ Eminence (BH)/ Forgotten Boys (SP)/ Switch Stance (CE)/ Maldita (RJ)/ Lava (SP)/ Insurrection Down (PE)/ Vamoz! (PE)
18 de abril:
O Rappa (RJ)/ Pitty (BA)/ Los Sebosos Postizos (PE)/ Cabruêra (PB)/ Mombojó (PE)/ Suvaca di Prata (PE)/ A Roda (PE)/ Mula Manca e A Triste Figura (PE).

Saiu também a programação do Mor-Março, lá na Paraíba, com duas bandas baianas presentes. Confira:
Dia 13 (Sábado)
Star61 (PB)/ Cronus (DF)/ Psicocedin (PB)/ Sem Destino (DF)/ Prima Facie (PB)/ República Djou (SP)/ Vamoz! (PE)/ Zefirina Bomba (PB)/ Los Canos (BA)/ Rotten Flies/ S.O.H (CE)
Dia 14 (Domingo)
Automatics (RN)/ Mobiê (PB)/ Ode (PB)/ 2Fuzz (CE)/ Musa Junkie (PB)/ Little Heads (PB)/ Honkers (BA)/ Lilith (PB)/ Comedores de Lixo (PB)/ Canelas de Cachorro (DF)/ Verres Militares