1/28/2005

Vem aí os festivais:

PRÉ AMP 2005 - Recife - PE

Segunda (31/01) 20h
Via Sat/ Bongar/ Paisagem do Caos/ Terra/ A Roda/ Carolina Pinheiro/
Orquestra Arabiando de Frevo

Terça (01/02) 20h
Ylê de Egbá, Sambohêmios/ The Playboys/ Favela Reggae/ Zantorriff/ Mula
Manca e a Triste Figura/ Estuário

Quarta (02/02) 20h
Devotos/ Astronautas/ Êta Carina/ Volver/ Mira Negra/ Iuiri Bambá/
Almir Oliveira (Ex-Ave Sangria)/ Ok Victória

Quinta (03/02) 20h
Coquistas do Amaro Branco/ Éder 'O' Rocha/ Estrela de Ouro/ Zeh Rocha
(Flor de Cactus)/ Azabumba/ Êxito d'Rua (e Donas)/ A Moenda/ Valéria
Pimentel

Dias: 31 de janeiro e 01, 02, 03 de fevereiro
Hora: a partir das 20 h
Local: Rua da Moeda (Bairro do Recife Antigo)
Realização: Articulação musical Pernambucana (AMP)


PALCO DO ROCK - Salvador - BA

Sábado – 05/02
Lollyta/ Demoiselle/ Mundo Tosco/ Plexus/ Malcom/ Animus Necandi/ Os Algas/ Custo Zero/ Modus Operandi/ Blessed in Fire

Domingo – 06/02
Anacê/ Pã/ Cobalto/ (Mut) Mutação(AL)/ Portal/ Haze/ Desrroche/ Nebória/ Os Nóides/ Exórdia

Segunda – 07/02
Paladinos/ Canto dos Malditos na Terra do Nunca/ Movidos a Álcool/ Ulo Selvagem/ Chipset Zero (SP)/ Cruzadas/ General Zorg (AL)/ The Hughes/ Insantification/ Morbidreams

Terça – 08/02
Linha de Fogo Groove/ Os Caverna/ Kbrunco (Serrinha)/ Slow/ Temporal/ Nação Alien/ Lenora (Feira de Santana)/ Who Am ‘I (AL)/ Charcot(Serrinha)/ Keter

- Palco do Rock 2005, 11ª Edição – A nossa Alegria é o Rock Fazendo Cidadania
- Coqueiral de Piatã (Próximo ao Restaurante Casquinha de Siri)
- De 18h às 03:00h da manhã
- ABERTO AO PÚBLICO

REC BEAT - Recife - PE

SÁBADO - 05/02/2005
Faces do Subúrbio (PE)/ Os Replicantes (RS)/ China (PE)/ Negroove (PE)/
Rádio de Outono (PE)/ Afoxé Oxum Pandá (PE)
Tenda Eeletrônica - DJ Lala K (PE) - DJ Mobil (PE) *

DOMINGO - 06/02/2005
Mombojó (PE)/ Otto (PE)/ Ludov (SP)/ La Pupuña (PA)/ Samba de Véio (PI)/ Bloco Quanta Ladeira
Tenda Eeletrônica - DJs de Padaria (Bruno Pedrosa e Renato L) (PE)

SEGUNDA-FEIRA - 07/02/2005
Cprdel do Fogo Encantado (PE)/ Black Alien (RJ)/ Lula Queiroga e Wolfgang (PE)
Del Rey (PE)/ Magê Molê (PE)
Tenda Eeletrônica - DJ Balu (PE) - DJ Wiliam P (PE) - DJ Leo D (PE)

TERÇA-FEIRA - 08/02/2005
Lenine (PE)/ F.U.R.T.O (RJ)/ Bonsucesso Samba Clube (PE)/ Junio Barreto (PE)/ Samba de Coco Raízes de Arcoverde (PE)
Tenda Eeletrônica - DJ RE:Combo (PE) - DJ Dolores (PE)

RUÍDO - Rio de Janeiro - RJ
Dia 18, sexta
Érika Martins (RJ)/ Daniel Belleza & Os Corações em Fúria (SP)/ Acabou La Tequila (RJ)/ Pipodélica (SC)/ Pororocas (RJ) (banda dos ex-integrantes do João Penca & Miquinhos Amestrados)/ Quik (RJ)

Dia 19, sábado
Supersônicos (Uruguai)/ Autoramas (RJ)/ Cansei de Ser Sexy (SP)/ Eletrola (PA)/ The Feitos (RJ)/ Rock Rocket (SP)

Dia 20, domingo
Sugar Kane (PR)/ Los Vatos (RS)/ Pupilas Dilatadas (RS)/ Tchopu (RJ)/ Emo (RJ)/ Gramofocas (DF)

1/25/2005

Festival de Verão (parte 2)

O palco alternativo continou sendo mais atraente nos outros dias. Tudo bem que na sexta-feira, dava pra dividir as atenções. Simoninha fez um show simpático, acima do que esperava. Algumas covers e música pra dançar, mesclando samba com funk e black music. o irmão Max de Castro tomou caminhos parecidos. Show legais, praticamente as mesas bandas (mudava um tecladista), bom para quem passou dos 25 e se acha velho. Ai leva a namorada, dança um pouquinho e fica se achando entrosado como que seria a nova música brasileira. Seria, porque não é isso. Há muito além disso. Não vi Fernanda Porto e Cláudio Zoli, este último ainda bem.

Não vi porque corri pra assistir Maria Rita e Pitty. Parecia mesmo dia dos filhos de estrelas da MPB, mas o caso de Maria Rita é outro. Vi metade do show, soube que ela entrou meio nervosa, mas o que peguei foi uma cantora com amplo domínio de palco e do público. Solta, dançando, fazendo caretas e com uma voz lindíssima, cantou seus sucessos e surpreendeu muita gente que achou que o público ia reagir mal à música "difícil" de Maria Rita. Música boa é inconstestável, quem ousaria reagir contra?

Pitty entrou depois e não quis saber de conversa. Volume no talo, baixo distorcido e rock da melhor qualidade. Os hits ganharam mais peso e ela provou mais uma vez ser estrela de primeiríssima do rock brasuca. Covers bacanas. Placebo foi mesmo uma ousadia. Rock dos bons.

Sábado

Mas se há um nome apenas para ser guardado e lembrado desse Festival de Verão, esse nome é o da banda Gram. Desconhecidos da grande maioria dos presentes e não-presentes ao festival, o grupo paulista surpreendeu a todos e talvez até a eles próprios. A surpresa não foi pela qualidade da banda – quem já conhecia do clipe veiculado na TV sabe disso – mas sim pela sintonia que conseguiram criar com o público presente.

A Arena não havia visto até então uma reação tão calorosa a um show. Consagração. No palco, a Gram vai mais além do que no CD. Os arranjos mantêm a qualidade, mas a banda ganha mais energia e peso às belas canções, enquanto a performance e emoção do vocalista Sérgio Filho arrebatam o público. E foi assim. O público cantou apaixonadamente músicas como "Sonho Bom", "Você Pode Ir na Janela" e "Toda Luz".

O momento de sintonia proporcionou alguns dos momentos mais bonitos do festival, com alguns chorando e a banda visivelmente emocionada. O enorme público que se concentrou em frente ao palco durante toda a noite de sábado, noite da gravadora Deck Disks, parecia hipnotizado pelo som da banda. Ovacionados e com o nome gritado pelo enorme público presente, a banda detonou fazendo das doces e belas canções uma sequência de bom rock. Duas guitarras, às vezes eram três, teclado, baixo convivendo harmonicaente e criando uma sonoridade rica, com timbres interessantes e barulho calculado, bem feito e criativo. Tocaram com tesão, raiva e vontade de quebrar tudo. FODA, showzaço. De cara já um dos melhores que Salvador vai ter esse ano. Bem que poderiam ganhar mais tempo de show.

A Ludov tocou antes. A banda, também paulista, fez um bom show, mas pra mim continua sendo uma espécie de Lenine do indie-rock brasileiro. Bem envernizado, consegue enganar bem muita gente. Não que façam música ruim, longe disso, mas também estão longe de produzir algo de maior relevância. Musiquinhas simpáticas, mas que não comovem. Uma banda correta,mas que não empolga. A vocalista, Vanessa Krongold é até esforçada, mais do que bonita, mas também não ultrapassa a fronteira da competência (alguém confirma o lance da calcinha dela?).

Black Alien infeizmente não conseguiu levar pro palco as excelentes idéias contidas em seu disco de estréia. Talvez o clima mais rock´n roll tenha contribuído, mas o show foi muito morno. Assim mesmo deu para sacar as misturas de rap, black music e ragamuffin bem feitas do ex-Planet Hemp.

O Matanza ao contrário nem precisava fazer um grande show porque já tinha o público ganho. Assim como o Dead Fish. Só vi os primeiros, que com seu country-core levantou poeira literalmente e abriu as rodas de pogo na frente do palco. Bom show.

No palco principal, Marcelo D2 tratava de pagar um débito. Pagou em dobro. Depois de não poder ter tocado no Festival de Verão do ano passado por causa da chuva, o cantor colocou nas mãos as cerca de 40 mil pessoas presentes no Parque de Exposição e fez um dos melhores shows do festival.

Homenageando a todo momento o sambista Bezerra da Silva, D2 desfilou uma série de sucessos cantados em coro pelo público. "A Maldição do Samba", "Qual É?", "Loadeando", "À Procura da Batida Perfeita" foram as mais festejadas. A mistura de rap e samba funcionou muito bem. Teve ainda um pouco de rock, com músicas do Planet Hemp. Grande show

domingo

Nando Reis e Ira! fizeram o último dia valer a pena. O ex-Titãs desfilou sua série de composições que fizeram sucesso na voz de Cássia Eller, Skank, Jota Quest, Cidade Negra e ultimamente na dele próprio. Não dá para negar a capacidade do cara em fazer belas canções e fazer delas sucesso popular. Taí um cara que passeia bem entre o que é popular, fácil de fazer sucesso e mantém, pelo menos na maioria das vezes uma certa qualidade. O show foi isso, o cara eufórico, se divertindo com o show e o público se divertindo e cantando aquela enxurrada de sucessos. O cara ainda canta Wando e Roupa Nova. Muito bom.

O Ira! levou para um festival enorme o show acústico que vem apresentandop nos últimos meses. Para alguns a banda está em decadência há anos, para outros e uma feliz descoberta ou uma lembrança bem dita dos anos 80. O fato é que não precisaram se rastejar no óbvio para fazer um acústico e abrir as pernas totalmente para voltar a fazer sucesso. Pense bem. Quando você imaginaria "Rubro Zurro", do clássico Psicoacústica cantada para 50 mil pessoas em Salvador? O fato é que os caras aind asabem fazer um bom show, pena o formato acústico não se ro melhor para um festival desses, onde funciona mais músicas para dançar. Acertaram de qualquer forma, em mais um grande show. Em março estão de volta.

O saldo fo ifugir do que não prestava (tudo bem qu etive qu eouvir da sala de imprensa shows de Jammil, Psirico e Capital arg Inicial). Ouvi falar muito bem dos shows de Daniela e de Margareth, duas desse meio da música baiana que respeito. O lamentavel é ver o produtor do festival insistir em não achar que uma atração internacional não tem espaço no evento. Uma pena.

1/20/2005

Festival de Verão (parte 1)

Em uma noite onde o palco principal recebia estrelas do axé e duas bandas do rock mainstream nacional, os olhos de quem procurava boa música se voltava para o Palco Pop, que este ano ganhou o nome de Arena Vivo Motormix.
A abertura ficou com a Radiola, que tem lá sua competência ao misturar funck, rock e elementos regionais, o problema é que as referências ficam muito claras no som, fazendo a banda parecer mais uma cópia das cópias de Chico Science & Nação Zumbi.
Ronei Jorge & Os Ladrões de Bicicleta fizeram o mesmo show de sempre, mas se engana quem pensa que isso é mesmice. Longe disso. Ronei, Edinho, Pedrão e Sérgio mostraram a competência e absoluto controle do que tocam, desfilando algumas das mais belas canções que o Parque de Exposições vai ouvir nesses 5 dias de festival.
O enorme palco montado para o espaço era digno para a qualidade das bandas (apenas o som teve sérios problemas), mas a V-Out - terceira banda da noite - é que não fazia por merecer estar ali. Os garotos precisam de uns anos de rock para descobrir que não basta tocar guitarra para fazer bom rock. Entre música próprias e covers até legais, agradou só aos fãs, que até devem ser muitos, já que ganharam a votação pela internet. Fazer o que?
Fechando a noite o quinteto explosivo, The Honkers. Todo mundo pensava, o que esses caras vão aprontar? O palco enorme, sem torres, sem grandes possibilidades, deixava ainda mais curioso o público que sabia das estripulias de Rodrigo, vocalista da banda. Não que a música dos caras não seja o chamariz, o rock, garageiro com punk, ska, surf music, psychobilly cantado em inglês é suficicente para animar qualquer mortal. A questão é que a Honkers em cima do palco é como um Tsunami, vai passando por cima de tudo e sem você se dar conta já foi levado.
O som muito ruim na hora do shows dos caras não atrapalhou tanto. A energia ia crescendo. Rodrigo sempre inventando passinhos a la Morrissey, caras e bocas, e fazendo o que está acostumado. Essa história de atitude no rock é estranho, palavrinha estranha. Mas acho que atitude é isso, encarar um show como se fosse o último da vida. Ai valia subir na bateria (e ver o responsável mandar descer), pegar uma divisória de um camarote! (e ver o segurança responsável ir atrás e pedir de votla), descer do palco para cantar junto ao público, entre outras coisas. Ao ouvir os acordes de "Smile", pensei, "eles nunca mais tocaram essa música, quando tocam é para barbarizar".
Dito e certo, a insanidade tomou conta do palco. Metade da banda já estava de cuecões, quando Dimmy (batera) passou as baquetas para o roadie Sérgio, Michael (outro roadie) tomou de assalto outra guitarra, Brust pegou sua guitarra e estraçalhou no palco, só restando pequenos pedaços, que eram jogados longe, às vezes com o outro guitarrista Bruno usando seu instrumento como taco de beisebol (sim, imagens do Nirvana vieram a cabeça), enquanto Dimmy destruia vários pratos de bateria no chão e o público boquiaberto não acreditava. Em certo momento o palco estava cheio de gente, metade fazendo a farra com os instrumentos (a música continuava) e outra metade tentando salvar microfone, bateria... Os comentários na platéia era de agradecimento. "Ainda bem que eu pude presenciar isso". Histórico.

1/10/2005

Tempos de mudanças
Em 2005 a indústria fonográfica no Brasil reagiu e voltou a crescer. Os números não reúnem ainda o resultado de todas as gravadoras, mas algumas já começam a divulgar um crescimento de 5 a 6%. Um número tímido, mas que indica o primeiro crescimento da indústria desde de 1997. Daquele ano até o ano passado, a queda registrada foi de 50%. Só em 2003, o baque havia sido de 17% de arrecadação.

Um dos fatos marcantes nessa mudança foi o crescimento de gravadoras de porte menor, chamadas de independentes. A Deckdisc, por exemplo, obteve um aumento de 55%, enquanto a Indie Records alcançou a espantoso marca de 600% de crescimento. Os principais responsáveis por estes números foram Pitty, pela Deck, com 148 mil discos vendidos e o grupo Revelação, pela Indie, com quase 700 mil unidades de seu trabalho ao vivo. Um fato interessante é que no Brasil nunca se lançou tantos discos no país e o mais importante é que os artistas brasileiros dominam de ponta a ponta a lista dos mais vendidos.

Um dos grandes responsáveis pela volta do crescimento da indústria foram os DVDs. Entre janeiro e novembro de 2004, o faturamento com a venda dos discos que reúne áudio e vídeo cresceu 104%. Só na Universal, os DVDs foram responsáveis por 33% do faturamento. Para 2005, a previsão é que sejam vendidos 5 milhões de aparelhos, impulsionando ainda mais às vendas.

Mas se engana quem pensa que houve retração no mundo digital. O MP3 e seus derivados continuam fazendo história. O cantor-ministro Gilberto Gil, por exemplo, tomou uma bela iniciativa e disponibilizou toda sua obra na íntrega para audição em seu site na internet. Já as gravadoras BMG, Sony e Universal fecharam um acordo com a empresa responsável pelo compartilhador de arquivos Peer Impact, que comercializará músicas digitais de domínio das três gravadoras.

Em 2005, a música digital deve ganhar espaço nas paradas de sucesso britânicas. A iniciativa é da própria indústria que pretende incentivar a vende de música online com um top 40 de singles semanais. A venda de singles vive dias ruins e a intenção é dar força a eles através da Internet. Os números mostram queda de 12% na venda dos singles no segundo semestre de 2004, mas se fossem incluídos os números dos singles vendidos pela Internet esse número seria de 9%, de crescimento.

E as vendas de música online devem continuar crescendo. Nos Estados Unidos ela cresceu 15% em 2004. O principal site de venda, o iTunes, comercializou cerca de 20 milhões de downloads em 2004. No Brasil, o único site especializado em venda de música on line, o iMúsica, ainda vende pouco, são cerca de 15 mil downloads por mês

Segundo uma pesquisa realizada pelo US National Bureau of Economic Research o download de MP3s afeta venda de CDs. Para cada álbum baixado, as vendas de CDs caem entre 10% e 20%.