3/10/2005

Neste três primeiros meses do ano deu para conferir alguns bons filmes no cinema, mas infelizmente a marca foram filmes, bobos, rasos e bem ruins. Mas deixemos de lado as porcarias e vamos a pequenos comentários de bons filmes:
O Grito - Sem dúvida não agradou a todos. É a nova onda americana, filmar ou refilmar longas de terror de origem japonesa. "O Grito" está longe de ser uma obra-prima, mas consegue explorar elementos tradicionais do terror/ suspense e provocar de maneira eficiente seu objetivo, causar medo. E aquele medo físico, em que seus músculos se enrijecem e você fica preso na cadeira e os olhos brigando com o medo querendo e não querendo olhar a próxima cena. Bom filme que remete aos longas bem feitos do gênero dos anos 80.

O Aviador, de Martin Scorsese - É uma daquelas superproduções feitas para no mínimo disputar oOscar. Sò que aqui o diretor é o aclamado pela crítica e sempre menosprezado pela Academia, Martin Scorcese. Ao contrário de "Gangues de Nova Iorque", aqui ele não abusa da violência e se colocou como favorito ao Oscar, mas só levou prêmios técnicos,além de Melhor Atriz Doadjuvante para a brilhante atuação de Cate Blanchet. O filme é bom, não entendo como uma história tão incrível numa havia sido filmada. O fime tem umbomritmo, que faz as três horas passarem sem se perceber. E apesar de muita gente não concordar, gosto de Leonardo de capprio no papel, talvez outro fizesse ainda melhor, mas não acho que compromete não. Bom filme.

Mar Adentro, de Alejandro Almenábar - A história de um homem tetraplégico que quer morrer pensado para cinema é um passo para um amontoado de pieguice e clichê. Apesar de muito forte e emocionante,o fime consegue fugir disso. Um grande ator e uma direção primorosa deixa qualquer um abalado com a comovente história. Não é difícil as lágrimas escorrerem pelo rosto desde os 5 minutos de filme. Cenas tocantes sem apelar para o dramalhão. A despedida dele é uma das cenas mais tocantes e bonitas do cinema. Para mim o melhor do ano até agora.

Em Busca da Terra do Nunca, de Marc Foster - Bonito filme, leve e num clima sensacional. História bonita, sensível, mas para mim faltou alguma magia a mais nele.
Ray, de Taylor Hackford - Bem filmado e bem dirigido é o tipo de fime que já bastaria pela história e pelo personagem, mas o diretor Taylor Hackford soube contar a história inserindo a infância do mestre Ray Charles intercalada na narrativa. Sem precisar contar tudo e mostrar tudo, apenas insere o que é mais importante, dispensando também momentos apelativos. O filme mostrar um Ray Charles com problemas como qualquer um, mas faz questão de mostrá-lo como um homem forte e acima de tudo com um talento impressionante. Para quem gosta de música, música mesmo, qualquer estilo, é obrigatório. E sim, Jamie Foxx está estupendo.