8/05/2004

Mosh - Atitude, Informação e muita música!
Surpresa!. Não imaginava tão cedo ter uma surpresa tão positiva com uma revista sobre música. Com tantas publicações que rolam pelo país, a Mosh conseguiu se destacar e muito. Ótima diagramação e os textos mais bacanas desde que a Bizz faleceu. A sensação é de finalmente estar lendo uma revista profissional de música. Isso porque não precisou se apegar a uma ideologia (que também pode ser legal, mas acaba deixando de lado esse aspecto mais profissional e se assemelhando a um fanzine) de ter que defender o independente, de lutar contra a indústria. A revista quer apenas falar de música, não de uma cena, um tipo, da música de uma época e de um tipo de gosto, e fala muito bem. Os melhores textos que leio desde que tantos nomes bacanas que escreviam para a Bizz sumiram. Régis Tadeu é o editor e o nome principal, autor de textos divertidos, inteligentes e muito bem escritos. Daqueles que atiçam você a querer ter aquele disco urgentemente ou faz você rir muito com o sarcasmo frente a uma obra de gosto duvidoso. A revista traz matérias bem interessantes e uma seção de críticas de verdade, não meras resenhas. Cobertura sobre a volta do Pixies, com um texto-documento sobre a história da banda e seu retorno; matéria sobre o poeta Paulo Leminski; texto sobre o Orkut, outro falando da retomada do blues na vida de Eric Clapton e Aerosmith, outro sobre o simpático Dave Grohl, e seu novo projeto; além de uma hilária, bem escolhida e imperdível lista dos 50 piores discos do Rock e do Pop, que faz qualquer um rir, mesmo ao se deparar com discos de gente boa como John Lennon, Paul McCartney, Lou Reed, The Clash, Neil Young, Rolling Stones e Frank Zappa misturado com um monte de porcaria. A revista é fácil de achar nas bancas e no Rio já está no número cinco. Longa vida.