V Mercado Cultural
Pronto. Agora estou livre do Mercado Cultural e posso escrever um pouco. E claro, tenho que dedicar algumas linhas ao evento, que este ano se consolidou de vez no resto do país, com uma grande cobertura da mídia nacional. Jornal Nacional, MTV, O Globo, JB, Folha, jornais internacionais, Metrópolis e vários outros veiculos. O melhor é que o Mercado nem precisa da grande mídia, ele já é um suceesso há alguns anos, servindo para provar que mercado, esse da grande indústria é balela, dá para sobreviver e trabalhar muito bem sem precisar se desvincular de trabalhos bem feitos. Você podee até não gostar de tudo que se apresenta no Mercado, mas não dá para negar a qualidade do evento e a excelente iniciativa de trazer nomes de tudo quanto é canto. Dos vários shows apresentados, trabalhando, não consegui ver nem o que achava imperdível, por isso perdi Bojo, DonaZica, Xique Baratinho, Stela Campos, entre outros. Em compensação deu para ver muita coisa interessante, esse ano para mim as atrações nacionais deram um banho nas internacionais. O Pelourinho foi palco das melhores coisas que vi, desde os ritmos nordestinos de Bule-Bule, passando pelo forró sem sanfona e com um realejo de João Pernambucano, o rock latino dos peruanos do La Sarita, os uruguaios do Abuela Coca, a música das meninas da Comadre Fulozinha, a explosão de frevo e mangue beat com a Orquestra Spok Frevo de Recife. O TCA rendeu bons shows, apesar de meu estado não ser o ideal para ver shows num ambiente acomchegante daqueles. Os destaque para mim lá foram as duas sambistas Mariene de Castro e principalmente a versão femininina de Paulinho da Viola, Teresa Cristina, com uma linda timidez e seu grupo Semente. Muito bom o encerramento com Siba e a Fuloresta e Los Jubilados, mas rendederiam MUITO mais num espaço que as pessoas pudessem dançar. Decepção mesmo foi Ani DiFranco e Lenine. Decepção para os outros. Lenine para mim só provou ser um agrande farsa. Não, ele não é um lixo, mas não merece nem de perto tantos fãs e endeusamento. É um bom músico um bar chique moderno. Ainda peguei algumas atrações na FALA (Feiras de Arrtes), ganhei CDS, livro... O importante é dizer que o evento altera a cidade, dá uma atmosfera que Salvador deveria viver com mais intensidade. Troca de informações, gente interessante na cidade, cultura saindo por todos os poros. Pena que ainda há peconceito por parte de alguns que preferem ficar em casa vendo TV. Azar deles. Salvador tem um dos eventos culturais mais importantes do planeta, só não vê quem não quer.
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