11/27/2004

Tarantino é mestre, isso ninguém duvida mais (aquela cena de Uma Thurman no caixão é digna de poucos gênio da raça). Mas é a forma como ele coloca as músicas nos filmes, é sensacional. Músicas que seriam pouco lembradas se ouvidas em outro contexto ganham um valor extra, marcam profundamente nos filmes e permanecem como clássicos na memória. Pense em Pulp Fictio e lembre de pelo menos três momentos onde a música é tão importante quanto as cenas. Pense em Kill Billl e tente pensar sem a música. Claro que não é só Tarantino que faz isso. Música é fundamental no cinema, tái os Morricones e Hancocks que não me deixam mentir. Mas normalmente são músicas (geniais) compostas especialmente para o filme. Tarantino escolhe uma seleção de música (poucas conhecidas) e as torna antológicas.

Não sei se vocês repararam, mas Tarantino além de lançar as trilha sonora com as músicas do filme, insere mais músicas nos filmes que nem aparecem depois nos CDs das trilhas. No primeiro Kill Bill várias músicas não estão na trilha, dá ora fazer outro disco, olha só:

- "Music Box Dancer", Frank Mills - cena de Pasadena e o caminhão de sorvetes
- "Armundo", David Allen Young
- "Truck Turner", Isaac Hayes - cena do estacionamento do hospital
- "Seven Notes in Black", Franco Bixie, Fabio Frizzi & Vince Tempera, por Vince Tempera & Orchestra - cena de Buck
- "I Lunghi Giorni Della Vendetta / The Long Day of Vengeance", Armando Trovajoli - a espada atinge a cabeça do pai de O-Ren
- "Il Grande Duello / The Grand Duel, M10", Luis Bacalov - quando O-Ren mata o chefão Matsumoto (bem diferente da versão do disco)
- "Wound that heals" (Kaifukusuru Kizu), Takeshi Kobayashi, por Lily Chou-Chou - quando a noiva encontra as espadas
- "I Walk Like Jane Mansfield" , The 5.6.7.8's - cena da casa das folhas azuis